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#MeasurementMonth Quais os desafios para a medição da comunicação em 2024?

por | 15 de novembro de 2023 | Destaque, Medir a comunicação

A paisagem mediática atual é um oceano tumultuoso, onde uma miríade de mensagens luta pela atenção do público. A chave para se destacar e ter uma influência decisiva neste ambiente é a relevância, e para o conseguir, os departamentos de comunicação devem mobilizar recursos, tempo e talento. A sua missão: gerar conteúdos de qualidade que chamem a atenção do leitor ou do utilizador neste frenesim digital. O objetivo não é que vejam o conteúdo, mas que fiquem com ele.

Os departamentos de comunicação investem recursos, tempo e talento na criação de conteúdos de qualidade, abrangentes e atractivos. Queremos aumentar a atenção e o tempo que o público dedica a cada um dos conteúdos. Tanto os mais anedóticos como os mais extensos. Com este objetivo, o objetivo é ser relevante numa agenda mediática repleta de pontos de interesse e que muda de semana para semana, se não mesmo de semana para semananuma base diária. Quanto mais estivermos alinhados com os temas quentes, sem negligenciar as nossas próprias questões empresariais, mais seremos capazes de influenciar, ter impacto e atrair a curtíssima capacidade de atenção do leitor da imprensa ou do utilizador das redes sociais.

Embora seja tentador aderir aos temas da moda, estes nem sempre estão alinhados com os objectivos da empresa. A competência reside na identificação das intersecções entre o que é popular e o que é prioritário, e na capitalização desses momentos para maximizar o impacto.

Quanto mais alinhados estivermos com os temas em voga, sem negligenciar as nossas próprias questões empresariais, mais poderemos influenciar, ter impacto e atrair a curtíssima capacidade de atenção do leitor da imprensa ou do utilizador das redes sociais.

Nunca é demais sublinhar a importância de compreender o ambiente em que operamos. As comunicações que não têm em conta o atual panorama sociopolítico e cultural caem frequentemente em saco roto. É essencial estar atento aos acontecimentos e discursos dominantes para criar mensagens que não só ressoem, mas também se integrem naturalmente nas conversas actuais. É por isso que é importante dispor de ferramentas de monitorização que não se limitem aos nossos temas favoritos e que sejam concebidas para medir a importância e a recorrência dos temas prioritários e dos principais actores envolvidos. Para tal, é sempre aconselhável dispor de dashboards que ofereçam de forma amigável, mas sem perder o detalhe, os dados que reflectem a situação atual e a sua evolução, bem como insights que facilitem a tomada de decisões no seio de uma equipa de comunicação.

Ligar-se ao pulso dos cidadãos significa ir para além das métricas superficiais. Significa compreender os receios, as esperanças e as aspirações do público. Ao fazê-lo, podemos identificar questões que, embora não estejam no centro das atenções dos meios de comunicação social, são essenciais para o nosso público e, por isso, precisam de ser abordadas. Neste sentido, os dados públicos são uma mina de ouro ainda não explorada no mundo da comunicação. Estas vastas fontes de informação, quando devidamente processadas e analisadas, oferecem uma visão única do estado de espírito e das preocupações da sociedade e fornecem à equipa informações directas a que outros departamentos da mesma organização têm frequentemente acesso.

É fundamental dispor de instrumentos de acompanhamento que não se limitem às nossas questões preferidas e que sejam concebidos para medir a importância e a recorrência das questões prioritárias e dos principais actores envolvidos.

Nesta perspetiva, a integração das fontes de dados constantemente oferecidas pelo INE, pelo CIS ou pelo Eurostat deve tornar-se cada vez mais um elemento fundamental para a tomada de decisões. Por conseguinte, é crucial investir em ferramentas e talentos que possam transformar estes dados em informações accionáveis. Para que isto seja uma realidade, é preciso compreender que a diversidade numa equipa de comunicação não é um luxo, mas sim uma necessidade. A combinação das competências e perspectivas de profissionais como cientistas políticos, jornalistas e sociólogos permite uma visão mais rica e completa. Estes especialistas, com a sua formação e experiência, podem identificar tendências e oportunidades que, de outra forma, passariam despercebidas, tirando partido de todo o potencial dos dados à sua disposição.

Em conclusão, uma comunicação eficaz na era digital não é uma tarefa simples. Requer uma mistura de dados de muitas fontes de informação diferentes, conhecimento dessas fontes, intuição, adaptabilidade e, em última análise, uma compreensão profunda do contexto em que operamos. Com estes ingredientes, as organizações podem esperar não só sobreviver, mas também prosperar neste ambiente mediático altamente competitivo que veio para ficar.

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