Textos extensos, não ajustados ao formato do correio, que procuravam transmitir o projeto político de forma massiva e indiscriminada, ignorando as possibilidades que tal meio oferece para chegar ao cidadão de forma íntima e individualizada. A equipa de marketing online de Obama na campanha eleitoral deu prioridade à utilização desta ferramenta, em grande parte graças ao imediatismo que este meio proporciona na comunicação da mensagem. Conseguiram adaptar o argumento político ao formato eletrónico, retirando pequenas citações dos discursos do candidato e configurando e-mails que integravam perfeitamente texto, imagem e link. A brevidade e a concisão dos textos permitiram uma maior intimidade com o destinatário. Ao mesmo tempo, o correio eletrónico permitia o controlo da mensagem e a participação dos cidadãos na sua difusão, à semelhança das redes sociais, permitindo-lhes adquirir tanto poder como os próprios meios de comunicação social.
Assim, esta experiência mostrou-nos que a mensagem enviada por correio eletrónico deve ter três elementos: mobilização, deve ser capaz de gerar um compromisso com a divulgação da mensagem; motivação, deve despertar entusiasmo no recetor; relevância, é necessário comunicar algo importante, de forma personalizada, controlando tudo: o nome do remetente, o assunto, o conteúdo, a composição, até mesmo o agendamento do momento em que o recetor tem maior probabilidade de a abrir.
Todos estes elementos são essenciais na conceção de uma estratégia de correio eletrónico, porque sim, é necessário ter uma estratégia clara e definida para tirar o máximo partido deste meio de comunicação e mobilização.
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