info@cecubogroup.com      +34 981 10 41 36

Qualquer economista contabilista ou corretor de seguros levantaria as mãos ao ar perante tal estupidez contabilística, porque os acidentes menores mais frequentes não seriam de todo reflectidos, os quais, apesar de produzirem pouca despesa individualmente, a soma total de todos eles pode exceder em muito o montante dos mais importantes. O balanço anual seria falsificado e as contas seriam falsas, mentirosas e até fraudulentas para os accionistas, uma vez que os lucros seriam inflacionados.

Uma coisa destas destina-se a A Ministra Mato e a sua equipa nos seus esforços para incluir nas estatísticas sobre a violência baseada no género apenas as mortes e mulheres maltratadas que permanecem no hospital durante pelo menos um dia - Pensemos nisso e esperemos que as estatísticas ministeriais incluam também as altas voluntárias de pobres mães maltratadas com filhos menores a seu cargo, que não têm ninguém com quem os deixar a não ser o ogre do seu pai.

O balanço de fim de ano pode mostrar uma diminuição da violência masculina, mas é tão falacioso e tão afastado da realidade - ou mais ainda - do que o da companhia de seguros citada na símile que dei como exemplo e que, deixando de lado as ressalvas lógicas em situações tão diferentes, parece ilustrativa. Como se reflectem os maus tratos psicológicos, a coação, os insultos, o assédio, o desprezo, a chantagem económica e toda essa panóplia de violências sem marcas nem cicatrizes na pele? Na resignação religiosa, no azar do casamento, na separação temerosa e sem meios? Não esqueçamos a cruzada anti-divórcio conduzida pelo AP-PP nos seus dias não muito distantes.

Penso que uma franquia de 3000 euros para equilibrar o balanço da companhia de seguros tornaria inviável a sua persistência enquanto tal, agora que a franquia de hospitalização 24 horas proposta pelo Ministro Mato pretende acabar com a violência doméstica negando a sua existência.

A privação masculina não é uma doençaNo entanto, os excessos machistas são uma epidemia e uma vergonha que não pode ser escondida com maquilhagem estatística, mas que deve ser firmemente combatida com actos e atitudes disfarçados de "costumbrismo castizo" e "salero ibérico" (estilo ibérico) no meios de comunicação social- da anedota ao requiebro, etc. - e prevenir com educação em igualdade e sem segregação de sexos desde a infância.

pt_PTPT